quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Padaria da Ermelinda

Uma das minhas recordações de infância é, sem qualquer dúvida, a Padaria da Ermelinda. Quem não se lembra daquela casinha no largo do restaurante "O Padeiro"? Sempre que a minha mãe lá ia pela manhã comprar as carcaças, e um bolo de arroz (o meu preferido), eu ia com ela. E ia cheio de ânimo. E porquê? Porque sabia que me ia divertir um pouco. A Ermelinda sempre teve um dom para lidar com as crianças e eu sentia-me bem com ela. Sentia-me bem na sua pequena Padaria. A Ermelinda tinha sempre algo para nós. A mais memorável das recordações que eu tenho são: os relógios que ela nos desenhava no pulso a caneta de côr azul (a caneta com que ela fazia a conta aos trocos num papel manteiga cinzento manchado). Alguém se lembra? Eu achava aquilo espectacular. E enchia-me de orgulho a imaginar que já era um adulto que sabia olhar para um relógio e conseguir decifrar que horas eram. E cada dia era um relógio diferente. Uns mais sofisticados que outros... Mas não esqueço, nem nunca esquecerei, esta recordação: os relógios da Ermelinda da Padaria!

2 comentários:

  1. Malaguetas! Viva!!
    Não sou Colares, mas sou a prima número 1, ou seja, a mais velha. Com tudo o que isso significa!
    Também eu me lembro muito bem dos relógios da Ermelinda. Mas a mim, ela também me dava caché, ops café (garanto-vos que não se trata de um lapso de linguagem influenciado pela terra onde me encontro. Era mesmo assim que ela chamava ao preto café.
    Mas há muio mais para recordar! Lembram-se das amonas? e das torturas macacas? Bom, isto já para não falar nas mais recentes "belinhas" ou nas malvadas malaguetas que afinal não eram nem doces nem saborosas.
    É melhor ficarmos por aqui senão o Pedro ainda me cancela o bilhete de volta e a Isabelinha dá ordens à contabilidade para eu nunca mais voltar.
    E isso seria terrivel, não? Sempre sou a chata da prima mais velha

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  2. Ah pois é! Está a ficar aí para sempre não tarda.
    Os famosos relógios da Ermelinda terminaram, com muita pena minha, na geração seguinte - a Sara ainda veio para casa algumas vezes com a "marca" no pulso"...e o quanto ela gostava (ainda hoje se recorda).
    A prima velha é muito mais fixe quando está em Angola! Se calhar devia ficar por lá mais uns tempinhos, hum?

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